11 de maio de 2011

Aprenda com João Gilberto como tratar a elite de São Paulo

Como Joãozinho respondeu à elite paulistana
Os moradores de Higienópolis, bairro nobre da região central de São Paulo, se mobilizaram para impedir a construção de uma estação de metrô no lugar. Um dos argumentos é que o metrô atrai "uma gente diferenciada". Ou seja, pobres. O pior: o governo de São Paulo aceitou a justificativa. Só me restou lembrar de João Gilberto. 
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Era setembro de 1999. Inauguração da maior casa de espetáculos de São Paulo. Para o grande evento, dois grandes nomes: João Gilberto e Caetano Veloso. A high society paulistana - essa mesma que impediu a construção do metrô - lotava o auditório, em parte mais preocupada com os espumantes e canapés do que com a apresentação. 
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João não pareceu gostar nada daquele teatro suntuoso, e nem daquela gente. Logo no começo do show, fez um muxoxo e reclamou do eco e do ar-condicionado. Após tocar o clássico O Pato, disparou, irritado: “O pato sou eu!”. O público endinheirado começou a vaiar. João não se fez de rogado. Como se mostra na foto acima, mostrou a língua para a plateia e cantarolou: “Vaia de bêbado não vale, vaia de bêbado não vale...”.

2 comentários:

Arte da Tribo disse...

Aplausos para João Gilberto!
Pena que o churrasco foi cancelado!!!

Um abraço
e um ótimo final de semana.

Marcio Hoffmann
Arte da Tribo Produções

Vinicius Antonio Nolli Sasso disse...

Essa democracia maldita, tão difícil de se lidar, não é?