1 de julho de 2010

Saudade faz nascer clássico da música brasileira















 O jornalista Sérgio Bittencourt era famoso pelo estilo polêmico. Não poupava críticas ácidas sobre música popular em jornais e revistas. Tornou-se também um rosto conhecido ao atuar como jurado nos programas de Flávio Cavalcanti. Mas as palavras ficavam doces ao falar sobre a admiração que tinha pelo pai, Jacob do Bandolim, um dos maiores músicos de choro da história do País.
A morte de Jacob, em 1969, foi dura para o rapaz de 29 anos. Em sua homenagem compôs a comovente Naquela Mesa: Naquela mesa ele sentava sempre / E me dizia sempre o que é viver melhor / Naquela mesa ele contava histórias / Que hoje na memória eu guardo e sei de cor... Há quem diga que a canção foi escrita durante o velório do pai. A música ficaria famosa nas vozes de Elizeth Cardoso e Nelson Gonçalves e tornaria-se um clássico, quase obrigatória em repertórios boêmios Brasil afora.
Para Sérgio, era apenas a forma encontrada para relembrar o seu grande ídolo. E para revelar a tristeza de nunca mais ver a figura do pai: Naquela mesa está faltando ele / E a saudade dele está doendo em mim. Em 1978, um ano antes de morrer precocemente, o jornalista declarou: "Tenho certeza e assumo: não sou nada, porque, de fato, não preciso ser. Me basta ter a certeza inabalável de que nasci do amor, da loucura, da irrealidade e da lucidez de um gênio".
Ouça a música no vídeo abaixo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu amooooooooo essa musica!
Fica a dica: o vídeo com a Elizete http://www.youtube.com/watch?v=MTpDo6SWEy0

#Divino

Amanda Luiza disse...

Descobri esse blog numa comunidade do Chico, eu acho.
Gostei e virei frequentadora.
Sempre que venho aqui tenho gratas surpresas.
Parabéns.
Abç