Toda a semana, colocarei uma história sobre músicas que falam de futebol. Nada melhor que começar com Wilson Batista, um sambista "levemente" apaixonado pelo Flamengo.
O sambista Wilson Batista era fanático pelo Flamengo. Num certo domingo, foi assistir a uma partida entre o time do coração e o Botafogo, no estádio de General Severiano. O Flamengo foi derrotado. Wilson se revoltou, saiu xingando todo mundo e até se recusou a pagar a passagem do bonde. O amigo Antônio Almeida tentou acalmá-lo, mas recebeu uma resposta de bate-pronto: “Pô, eu tiro o domingo para descansar e vejo meu time perder?”.
Com o mote, ali mesmo compuseram E o Juiz Apitou: Eu tiro o domingo para descansar / Mas não descansei / Que louco fui eu / Regressei do futebol / Todo queimado de sol / O Flamengo perdeu pro Botafogo / Amanhã vou trabalhar / Meu patrão é vascaíno e de mim vai zombar.
Wilson também compôs, em parceria com Jorge de Castro, Samba Rubro-Negro. Era uma exaltação aos jogadores da época: O mais querido tem Rubens, Dequinha e Pavão / Eu já rezei pra são Jorge pro Mengo ser campeão. Nos anos 1980, João Nogueira atualizou os craques: O mais querido tem Zico, Adílio e Adão… Recentemente, foi a vez de Diogo Nogueira, com alguma boa vontade na rima (e nos “craques”): O mais querido tem Souza, Obina e Juan / Eu já rezei pra são Jorge pro Mengo ser campeão…
Bonde São Januário
Como já contado neste blog, o malandro passou a fazer sambas de exaltação ao trabalho na década de 1930. Uma forma de agradar ao governo de Getúlio Vargas. Como é o caso de Bonde São Januário: Quem trabalha é que tem razão / Eu digo e não tenho medo de errar / O Bonde São Januário / Leva mais um operário / Sou eu que vou trabalhar...
Dizem, porém, que nas rodas informais da Lapa ele cantava uma outra versão: O bonde São Januário / Leva um portuga otário / Pra ver o Vasco apanhar.
Exigência a Nássara
Wilson produziu o disco Polêmica, uma compilação dos sambas compostos a partir da briga com Noel Rosa. Fez uma única exigência a Nássara, que ilustraria a capa. "Me desenhe com a camisa do Flamengo".
O sambista Wilson Batista era fanático pelo Flamengo. Num certo domingo, foi assistir a uma partida entre o time do coração e o Botafogo, no estádio de General Severiano. O Flamengo foi derrotado. Wilson se revoltou, saiu xingando todo mundo e até se recusou a pagar a passagem do bonde. O amigo Antônio Almeida tentou acalmá-lo, mas recebeu uma resposta de bate-pronto: “Pô, eu tiro o domingo para descansar e vejo meu time perder?”.
Com o mote, ali mesmo compuseram E o Juiz Apitou: Eu tiro o domingo para descansar / Mas não descansei / Que louco fui eu / Regressei do futebol / Todo queimado de sol / O Flamengo perdeu pro Botafogo / Amanhã vou trabalhar / Meu patrão é vascaíno e de mim vai zombar.
Wilson também compôs, em parceria com Jorge de Castro, Samba Rubro-Negro. Era uma exaltação aos jogadores da época: O mais querido tem Rubens, Dequinha e Pavão / Eu já rezei pra são Jorge pro Mengo ser campeão. Nos anos 1980, João Nogueira atualizou os craques: O mais querido tem Zico, Adílio e Adão… Recentemente, foi a vez de Diogo Nogueira, com alguma boa vontade na rima (e nos “craques”): O mais querido tem Souza, Obina e Juan / Eu já rezei pra são Jorge pro Mengo ser campeão…
Bonde São Januário
Como já contado neste blog, o malandro passou a fazer sambas de exaltação ao trabalho na década de 1930. Uma forma de agradar ao governo de Getúlio Vargas. Como é o caso de Bonde São Januário: Quem trabalha é que tem razão / Eu digo e não tenho medo de errar / O Bonde São Januário / Leva mais um operário / Sou eu que vou trabalhar...
Dizem, porém, que nas rodas informais da Lapa ele cantava uma outra versão: O bonde São Januário / Leva um portuga otário / Pra ver o Vasco apanhar.
Exigência a Nássara
Wilson produziu o disco Polêmica, uma compilação dos sambas compostos a partir da briga com Noel Rosa. Fez uma única exigência a Nássara, que ilustraria a capa. "Me desenhe com a camisa do Flamengo".
2 comentários:
Cadê do Corinthians???
Paulo.
Parabéns pelo blog, já está entre minhas leituras.
Obrigada!
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