Quatro
grupos fizeram parte das 14 faixas do vinil, lançado pela Eldorado:
Código 13, MC Jack, O Credo e, conhecidos até os dias de hoje,
Thaíde e DJ Hum. Hip-Hop Cultura de Rua trazia,
inclusive, um dos clássicos do rap tupiniquim, Corpo Fechado
(parceria de Thaíde com Marcos Telésforo), em que Thaíde versava
com voz brava: Me atire uma pedra / Que eu te
atiro uma granada / Se tocar em minha face / Sua vida está selada.
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Com
boa receptividade, o disco (hoje considerado raríssimo) abriu as
portas para o lançamento de outros rappers, como Ndee Naldinho,
Consciência Humana, DMN e, fora de São Paulo, Câmbio Negro, de
Brasília, e Faces do Subúrbio, do Recife. Logo também surgiria o
primeiro elepê dos Racionais MCs, o mais cultuado grupo de rap do
País. Fatos que mudaram a produção cultural das periferias das
grandes cidades, principalmente de São Paulo. “Se no Rio é o
samba, o rap é a grande música popular paulistana”, diz Mano
Brown, líder dos Racionais.